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Adolescentes com amigos mais velhos: Atenção Redobrada

Dica: Delas Filhos


Quando o garoto Pedro Vitor Herrera Joaquim, de 14 anos, começou a ter amizade com jovens na faixa de 18 anos no condomínio onde mora, a mãe dele, Daniela Herrera, ficou bastante preocupada. Afinal, esta seria uma relação saudável para o filho? A apreensão tem, sim, fundamento. O contato frequente de crianças e pré-adolescentes com amigos mais velhos é realmente motivo para que os pais fiquem mais alertas, segundo especialistas.

Isso se explica pelo fato de que muitas crianças ainda não estão maduras e preparadas o suficiente para vivenciar comportamentos e atitudes típicos de outra faixa etária. “É um fator preocupante, na medida em que cada indivíduo está em um período diferente da vida, com interesses próprios. Quando há uma diferença de idade muito grande, as expectativas de nenhum dos dois são atendidas, e a criança pode ser influenciada por outras necessidades”, afirma a psicóloga Heloisa Fleury, especialista em sexualidade e coordenadora do Instituto Sedes Sapientiae.

Entre as maiores aflições dos pais está a possível influência que os mais velhos podem exercer sobre os mais novos ou, ainda, que as crianças “entrem na onda” dos colegas apenas para se inserirem no grupo, e iniciem, por exemplo, o contato com álcool, cigarro e outras drogas. “Meu filho costuma ser muito responsável, mas confesso que morro de preocupação com tudo que envolve bebida, sexualidade, namoro”, diz a empresária Daniela Herrera, que afirma ficar de “olhos bem abertos” quando Pedro está com o grupo de adolescentes.

De acordo com a psicoterapeuta Blenda de Oliveira, especialista em crianças e família, tanto as drogas como a sexualidade dos pré-adolescentes são temas que merecem grande dedicação por parte dos pais. Ela explica que um colega mais velho pode querer compartilhar experiências vividas na esfera sexual com os mais novos e atrapalhar o andamento natural das coisas. “Daí, pode ocorrer uma influência para um amadurecimento precoce e desorganizado. O amadurecimento saudável requer respeito pelo ritmo do desenvolvimento de cada criança.”, explica.

Como proceder?

A primeira providência para evitar danos maiores é conhecer de perto os amigos dos filhos, seja de que idade forem. E se os pais detectarem uma amizade mais constante e frequente com colegas mais velhos – leia-se mais de três anos de diferença – é preciso ligar o radar de alerta. “Dificilmente um menino de 17 anos tem interesses em comum com um de 12, a não ser que seja parente ou filho de grandes amigos dos pais”, diz Blenda de Oliveira.

Geralmente, o interesse dos menores pelos mais velhos ocorre por dois motivos: o primeiro em função da admiração por alguém que tem outras habilidades que ele ainda vai desenvolver. “Desta forma, ele se sente mais importante, valorizado”, afirma a psicanalista Vera Blondina Zimmermann, especialista em adolescência e autora do livro “Adolescentes: estados-limite” (Editora Escuta, 2007). A outra razão, mais preocupante, é por conta de a criança não conseguir se inserir no grupo de sua faixa de idade. “É como se ela renunciasse sua identidade etária e suas inseguranças para ser protegida por aquela turma mais velha”, esclarece Vera.

Sendo assim, a especialista indica que a amizade dos filhos com jovens de mais idade seja apenas circunstancial, e não uma rotina, a fim de evitar que eles sejam introduzidos em temas e situações que ainda não estejam preparados para enfrentar. Neste caso, o conselho de Vera é para que os pais investiguem por que a criança não consegue ter amigos da mesma idade: pode ser por excesso de timidez, dificuldade em enfrentar alguma situação típica da faixa etária ou mesmo problemas de adaptação na escola.

Como na maioria das situações, a melhor medida é o diálogo aberto entre pais e filhos, como faz Daniela Herrera com o filho Pedro. Mas isso deve ser feito de forma leve, sem demonstrar alarde ou proibir o contato. Dar sermões também raramente surte resultado positivo. O importante é mostrar à criança como é essencial que ela vivencie as experiências próprias da idade dela e, além disso, criar um ambiente propício para que isso aconteça, talvez até com a inserção de atividades novas, como um grupo de escoteiros, aulas de natação ou escolinha de futebol. “Bons amigos criam uma sensação de pertencimento, um sentimento de ser valorizado, e ajudam na autoconfiança. Sendo de idades muito diferentes, tudo isso fica comprometido”, finaliza a psicóloga Heloisa Fleury.

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