Leite Materno pode deixar Bebê mais Inteligente!
Dica: Pais e Filhos
Um estudo brasileiro publicado na última edição do Jornal de Pediatria, um dos principais periódicos científicos da área, analisou o leite humano de moradoras da região de Ribeirão Preto (interior de São Paulo) e mostrou que o leite destas mães continha um dos menores teores de DHA no mundo, apenas 0,09%.
O DHA é uma gordura da série do ômega-3 que tem função no desenvolvimento do cérebro e na visão não só das crianças, mas em todos nós. Acontece que a ingestão de DHA no primeiro ano de vida é essencial já que nesta fase o desenvolvimento cognitivo da criança é ainda maior – 85% do cérebro se forma até os 5 anos de idade.
De acordo com o pediatra e nutrólogo Mário Cícero Falcão, pai de Caio e Marina, professor da Faculdade de Medicina da USP, para que o bebê tenha acesso a essa gordura é importante que a mãe consuma o DHA desde a gestação. Na Europa e nos Estados Unidos, é recomendado que a gestante consuma uma porção diária do suplemento de DHA. No Brasil, ainda não há essa recomendação.
O médico explica que a ausência desse ácido, como no grupo analisado, não representa um risco. “Quando você escolhe uma comida para dar para seu filho, busca o melhor e é isso que acontece com o DHA, a ausência da gordura não faz mal. Mas sua ingestão aumenta o desenvolvimento intelectual e cognitivo do bebê”, explica.
O DHA pode ser encontrado em alimentos como salmão, atum e sardinha; além da semente de linhaça que também é rica na gordura. A gema de ovo também tem uma quantidade pequena de DHA, mas o consumo excessivo pode ser prejudicial. O nutrólogo explica que o consumo semanal de três porções de salmão já seria ideal, o problema é que poucas famílias brasileiras consomem este peixe, por isso uma alternativa seria alimentos enriquecidos com DHA, como acontece hoje com a margarina rica em ômega-3.
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