Os que me acompanham sabem que tenho insistido que a retomada do crescimento econômico está ligada à volta da credibilidade, dizimada durante a forte crise política que tomou conta do País e responsável por indicadores econômicos tão negativos. Por isso a primeira mensagem do presidente da República em exercício, Michel Temer, chamou a atenção ao elencar o resgate da confiança como prioridade de sua gestão.
É um respiro em meio às consequências do ciclo vicioso da economia. Em 2015, quase 2 milhões de empresas fecharam as portas, sendo que mais de 90% eram de pequeno porte. As que resistem amargam há 15 meses seguidos a queda do faturamento (pesquisa Indicadores maio/16). Em março deste ano, o recuo foi de 13,6%, ou seja, menos R$ 8 bilhões de receita. Além da redução do pessoal ocupado.
Mas o resgate da confiança é tarefa exigente. Por isso também vi com bons olhos o anúncio de outro compromisso do governo federal: reduzir tamanho do Estado e restaurar o equilíbrio das contas públicas com forte e eficiente ajuste dos gastos como faz a dona de casa, o empresário, o trabalhador. E sem aumento de impostos.
Restabelecida a questão da confiança e todos seus benefícios, é preciso lembrar que a criação de empregos é um bom caminho, mas não o único. Estimular a saúde dos pequenos negócios é também um pilar estratégico fundamental na retomada.
Já circulam em várias esferas do Congresso e do Executivo Federal propostas que ajudem o setor produtivo – empresários e trabalhadores – a contribuir nesta fase. Entre os principais destacamos a desoneração dos pequenos negócios e combate à morte súbita, com a aprovação da PLC 125/2015 (http://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/123060), que vai garantir uma transição mais suave do Simples para os regimes do Lucro Real e do Lucro Presumido e pode beneficiar mais de 500 mil pequenos negócios e a regulamentação da atividade terceirizada, garantindo a segurança jurídica a 1 milhão de empresas que já prestam serviços e aos 15 milhões de empregados formais que ali trabalham, além de gerar 2 milhões de novos empregos.
Os empresários também precisam se preparar para este novo momento. É preciso se preparar, buscar orientação, conhecimento, ficar de olho nas tendências e no dinamismo dos mercados. Acabamos de lançar a versão 2.0 do Check-up Empresa (http://www.sebraesp.com.br/index.php/38-produtos-online/13269-check-up-empresa), um autodiagnostico online da saúde do negócio nas áreas de administração e planejamento, finanças, gestão de pessoas e mercado. A partir das respostas, o sistema apresenta a relação de itens que precisam ser melhorados no negócio e os produtos que disponibilizamos para ajudar a solucionar os pontos fracos. Estamos preparados para realizar mais de 100 mil diagnósticos ainda em 2016.
Sei que os desafios e as adversidades são complexos e gigantes, mas também estou convicto da vontade do brasileiro de resgatar o Brasil gigante de oportunidades de superação e crescimento.
Fonte: Paulo Skaf, Presidente Sebrae-SP (SEBRAE)
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