Segundo a estilista Emanuelle Junqueira, as mulheres vêm resgatando seu lado feminino, abandonado nos anos 80. Resultado disso é a influência do romantismo dos anos 30 e 40 sobre os vestidos de noiva, que tem trazido de volta metros e metros de renda, dando um ar angelical aos modelos. Exemplos disso foram os usados por Juliana Paes e Sandy.
Aqui no Recife, a Fátima Rendas exibiu um vestido de noiva todo em renda renascença, lançado na última mostra promovida pela grife na Casa da Cultura. Ele também pôde ser visto em recente desfile em prol do Hospital Maria Lucinda, junto com as últimas criações da grife, que vão da moda praia ao modelos de luxo, incluindo os acessórios, como bolsas e até sombrinhas em rendas de cores diversas.
E haja romantismo…
Fátima Rendas: tradição, delicadeza e bom gosto
Peças em renda renascença, que vão desde o branco básico ao preto indispensável, são destaques na nova coleção da Fátima Rendas, recém-lançada no Recife. Na moda praia, biquínis, maiôs e acessórios, como bolsas e até sombrinhas, tudo em renda. O bege, o rosa, o mostarda, o verde e o cinza predominam.
Nas criações de luxo, o preto-e-branco dá o tom, já no tradicional branco, a peça-chave é um vestido de noiva todo confeccionado em renda renascença, bem ao gosto da atual tendência para as nubentes, inspirada no romantismo dos anos 30 e 40.
As peças são criações das artesãs Marieta Monteiro Xavier e Fátima Xavier Mergulhão, mãe e filha respectivamente, que mantêm viva uma tradição de três gerações, originada nas cidades de Poção e Pesqueira, no Agreste de Pernambuco.
A grife, que surgiu há mais de trinta anos, hoje é reconhecida no mundo inteiro como um dos destaques mais expressivos da produção artesanal brasileira. Possui lojas nos aeroportos de Recife, Salvador e São Paulo.
As peças continuam a ser desenhadas e confeccionadas no ateliê da marca em Pesqueira, e já ganharam o mundo, encantando milhares de turistas. A grife já recebeu o prêmio Unesco de Artesanato para a América Latina e Caribe, além de certificados, menções honrosas e homenagens.
“Viver do mundo da arte é uma audácia que exige fé para enfrentarmos os mais difíceis desafios. Transformar uma simples linha em um belo trabalho de arte, só é possível através de muito carinho, dedicação e amor. Essas são nossas raízes, nosso berço, retrato da cultura popular pernambucana”, explica Fátima Xavier Mergulhão, que transborda sentimento quando fala de suas criações.
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