Com força total neste inverno, os chapéus surgiram nos desfiles das temporadas de moda mais importantes do mundo, nos casamentos das celebridades, em festas badaladas e nos programas de TV. “Os chapéus estão com tudo porque as pessoas estão perdendo o medo de usar. O acessório pode ser um grande aliado na hora de montar um look”, diz Marcia Jorge, stylist e consultora de imagem e estilo. Pensando nisso, o iG Moda foi atrás de especialistas para descobrir quando, onde e como usar a peça, além dos modelos que estão em alta e, claro, regrinhas de etiqueta para ninguém passar vergonha durante um evento.
Quem pode usar?
De acordo com a consultora de estilo Chris Francini, a idade não interfere no uso do acessório. “O que se deve analisar é se a pessoa tem ou não o estilo para se sentir bem e, claro, pensar na roupa que está vestindo, no ambiente que frequenta ou em que ocasião, pois, afinal, a moda é democrática.”
Para cada ocasião um chapéu!
Segundo Paula Martins, consultora de estilo, é preciso levar em conta o tipo do chapéu. Para um traje esportivo, por exemplo, ela indica o modelo panamá, que vai bem num passeio durante o dia, com camisa, short com pregas e sandália sem salto. O modelo mais moderno, como o de feltro, é bem-vindo para quem quer sair para dançar com um look de ‘pegada’ mais rock and roll, como calça de couro, camiseta podrinha e casaco. Já nas festas mais elegantes, como casamento ao ar livre, o acessório deve vir acompanhado de um look mais formal, como um terninho ou um vestido sem brilhos e em tons parecidos, afinal, o chapéu é a peça-chave.
Apostas
Marcia Jorge aposta no modelo fedora, anteriormente exclusivo entre os homens e que começou a ser usado pelas mulheres com cores e tecidos divertidos. “Ele foi ressuscitado pelos rappers americanos e, logo em seguida, ganhou espaço entre as celebridades e os jovens”, diz a profissional. O modelo cowboy, que ganhou versões em palha, lona e tecido, foi parar além do universo dos rodeios. Há também os maxi chapéus de palha com as abas retas ou mais caídas (floppy), feitos em cores e tipos de palha deferentes.
Campeão de Vendas!
O modelo panamá, que ficou conhecido quando os operários do Canal do Panamá usaram para se proteger do sol e foi imortalizado quando, em 1906, o presidente norte-americano Roosevelt viajou e foi fotografado usando um exemplar. “Em sua cor clássica, o branco, é um velho conhecido entre os homens que, posteriormente, foi adotado pelas mulheres estilosas em visuais deliciosamente informais, como o jeans ou vestidos”, explica Marcia.
Casamento
Em uma cerimônia religiosa, segundo Chris Francini, o uso do chapéu só é correto se a cerimônia for de dia. Tirá-lo não tem sentido, pois faz parte de sua produção. De manhã, prefira abas pequenas. Ao meio-dia e ao fim da tarde aposto nos modelos com abas mais largas. “Pense que a peça não é obrigatória, a não ser que venha mencionado no convite, então use-o se estiver segura e confortável com o acessório”. No caso de casamentos à noite, adornos menores, como os famosos modelos usados pela princesa Kate Midletton, são mais interessantes.
Trabalho
“O uso do chapéu no trabalho vai depender da vida profissional da pessoa. Em um escritório mais descolado não há problema, mas em lugares formais é melhor deixar o acessório de lado para não errar, pois muitas vezes ele pode passar a ideia de leveza e descontração”, diz Paula Martins.
Jantar
Tanto em um jantar quanto num ambiente fechado, a consultora de moda Chris Francini aconselha que a peça fique em casa. “Mas se a sua vontade fashion for maior, é sempre mais elegante tirá-lo por um sinal de educação. Só lembre-se de arrumar o cabelo.”
Quando não usar
“Na mesa de refeição em lugares fechados, nem pensar, assim como dentro da igreja ou em situações que exijam uma abertura emocional maior da pessoa”, explica Marcia Jorge. Para ela, o chapéu tem uma simbologia de resguardo, de proteção. “O ato de tirá-lo, como diz a expressão “tirar o chapéu”, significa que a pessoa está se curvando, se disponibilizando a algo ou alguém.”
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