Cultivar sentimentos ruins, manter discussões inúteis, não praticar exercícios físicos e ser desorganizada… Você se identificou com essas características? Pois saiba que isso pode tirar a sua energia!
Para te ajudar a “sacudir a poeira e dar a volta por cima”, a equipe do Portal Vital conversou com especialistas e selecionou algumas dicas. Confira!
1. Ser pessimista
“Quem tem uma visão otimista do mundo está de certa forma ‘vacinado’ contra muitos dos problemas que um estado de humor constantemente negativo pode gerar”, afirma Rita Calegari, psicóloga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
Ela explica que pessoas pessimistas e mal-humoradas afastam as outras. Além disso, esses sentimentos negativos bombardeiam o organismo de substâncias químicas (liberadas por estímulos gerados a partir dos pensamentos ruins) que nos desgastam.
Já quem vê as coisas sempre pelo lado positivo procura saídas para os problemas com mais esperança, não se abate com facilidade e encontra um sentido para as dificuldades pelas quais passa, sendo mais eficiente em superá-las. De acordo com a psicóloga, esse comportamento mantém a autoestima alta e ajuda até a fortalecer o sistema imunológico.
Marconi Gomes da Silva, médico do esporte e cardiologista, atual presidente da regional mineira da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) reforça as palavras de Rita: “Muitos trabalhos científicos demonstram que o otimismo pode reduzir o risco de doenças, uma vez que ele está associado a uma recuperação mais rápida”.
2. Descuidar do corpo
Corpo e mente se complementam; por isso, não descuide nem de um, nem do outro!
Marconi explica que os exercícios têm um papel importante para o nosso estado de espírito. A prática libera substâncias como a endorfina, a monoamina, a serotonina e a anandamida, que estão relacionadas ao bom humor e ao bem-estar.
Mas atenção: o médico alerta que exagerar pode ter o efeito inverso. Por isso, fique atenta à intensidade. “As atividades devem ser prescritas de forma individualizada e praticadas em um ambiente agradável, de forma que proporcione estímulo e prazer”, aconselha o especialista.
Os exercícios são também muito importantes na prevenção e no tratamento de enfermidades. “Nos últimos anos, estudos publicados demonstram que o sedentarismo é uma das principais causas de doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, obesidade, alguns tipos de câncer (de intestino e de mama, por exemplo), fraqueza musculoesquelética e menor qualidade de vida, podendo até levar a óbito”, comenta.
3. Cultivar sentimentos ruins
Nosso sistema fisiológico é ativado por emoções intensas, que podem ser provocadas por lembranças e pensamentos insistentes. “Cultivar sentimentos ruins equivale a ter um pesadelo: aquilo que vivemos não é real, mas o corpo entende que sim, e as reações físicas são as respostas para aquela experiência”, exemplifica Rita. Os processos químicos resultantes desse comportamento dão a sensação de cansaço, “peso” e desânimo.
“Sabe-se também que pessoas com alto nível de estresse e ansiedade ficam expostas a um maior risco de infarto, o que pode ser explicado devido à associação entre o cérebro e o sistema imunológico. Essa relação pode provocar uma espécie de inflamação nas artérias coronárias”, complementa Marconi.
4. Bater na mesma tecla
Sabe aquele tipo de discussão que não leva a lugar algum? O melhor a se fazer é não insistir nela, pois isso impede você de seguir em frente. Rita é bem enfática e reitera que problemas passados e que permanecem conosco, ainda que inconscientemente, não nos deixam viver de forma saudável.
Manter ideias fixas em torno de um fato (o chamado pensamento carrossel) acaba sendo um hábito sem evolução. “E a vida é o oposto disso: crescer, desenvolver-se, aprender e conhecer. Pessoas que vivem remoendo mágoas têm, muitas vezes, uma ‘subvida’ e afastam familiares, amigos e oportunidades”, adverte a psicóloga.
5. Desorganização
Ser desorganizado faz qualquer um perder minutos preciosos. Com isso, você deixa de concentrar a sua energia em outras coisas que valem realmente a pena.
“Pessoas organizadas podem gerenciar melhor o seu dia, produzir mais com menos esforço e realizar muitas atividades”, explica Rita.
Porém, a psicóloga conta que o tipo de desorganização mais impactante é a mental. Por ser uma doença, ela pode ser tratada com psiquiatria ou psicoterapia. O ideal é buscar ajuda médica, uma vez que “o aprendizado, a construção de relacionamentos e o desenvolvimento podem estar comprometidos”, finaliza.
E então, você já está pronta para tirar da sua vida os comportamentos que roubam energia?
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