Por conta do calor, dos biquínis e das roupas curtas características dessa época, muita gente procura emagrecer. O que era para ser um sonho, no entanto, pode virar um verdadeiro pesadelo se a pele não estiver saudável e preparada para essa perda de peso: a flacidez pode aparecer, deixando aquelas sobras de pele nada agradáveis. Além dos exercícios, a alimentação tem papel fundamental para evitar esse problema.
“Com a alimentação adequada você melhora muito o aspecto da pele e da flacidez, porque envelhecer nada mais é do que estresse oxidativo. Portanto, uma diversidade de alimentos antioxidantes é essencial, com uma dieta variada, já que tudo trabalha em conjunto”, diz a nutricionista Tatiana Camacho Barão, da Naturalis.
Embora o corpo produza colágeno naturalmente, a partir dos 30 anos é comum que haja uma baixa. “A partir dessa fase o corpo começa a perder naturalmente 11% do colágeno, chegando aos 45 com uma produção de aproximadamente 30%”, explica a nutricionista Helouse Odebrecht. Por esse motivo o cuidado com a alimentação deve ser redobrado nessa fase.
Capriche nos nutrientes necessários
Os nutrientes importantes para construir as fibras de colágeno, de acordo com Helouse, são a lisina, prolina, glicina, vitamina C, vitamina E, cobre, zinco, manganês e ômega 3, que podem ser encontrados nos alimentos. “Como fonte de aminoácidos essenciais, a lisina, prolina e glicina, podemos citar as carnes magras em geral, como carne bovina tipo patinho, mignon e alcatra; frango; carne suína, como lombo e pernil; e os peixes”, conta Helouse.
Já os alimentos com efeitos antioxidantes, que previnem o envelhecimento precoce das células, são o morango, laranja, limão, acerola, kiwi, abacaxi, maracujá, goiaba, salsa, couve e folhas verdes escuras em geral. “A vitamina A, que também estimula a síntese do colágeno e tem função antioxidante, pode ser encontrada na abóbora, manga, couve, batata doce, cenoura, salsa, gema do ovo e mamão. A vitamina E é encontrada em alimentos que contenham gorduras boas como os azeites, no gérmen de trigo, oleaginosas como castanha do Brasil, amêndoa e macadâmia, além do abacate e do coco”, indica.
Quer mais dicas? O Zinco e o cobre, segundo Helouse, são importantes na cicatrização e formação de colágeno, e podem ser encontrados nos ovos, frango, carne vermelha, alimentos integrais, banana, castanhas, nozes, amêndoas e leguminosas como a lentilha e o grão de bico.
Para potencializar o poder da alimentação, é importante inserir o silício na dieta, já que ele tem papel essencial na síntese de colágeno e pode ser encontrado em alimentos orgânicos. “Aveia, cereais integrais, leguminosas, milho, vegetais, algas, trigo, cavalinha e arroz integral são alguns deles”, completa. Outras fontes conhecidas de colágeno são as gelatinas e o mocotó.
Reforce seu estoque
Tatiana revela que a partir dos 40 anos é interessante complementar a alimentação com a suplementação de colágeno, que pode ser em cápsulas ou em pó: “Em pó permite tomar uma dose maior, mas ele não é tão palatável e é menos prático. Apesar de ser mais interessante sob supervisão de um profissional, a venda desses suplementos de colágeno não precisa de prescrição, então pode procurar por conta própria”.
Com a suplementação, você garante que o corpo terá tudo que é necessário para a produção e uso do colágeno, que pode ser baixa só pela alimentação nessa faixa da vida. “Ele contém aminoácidos específicos do colágeno, que agem sinalizando para o organismo que ele pode fazer essa produção”, informa.
Passe longe desses hábitos
Tão importante quanto saber o que comer é ter em mente o que evitar para não se prejudicar. Entre os fatores que prejudicam a elasticidade da pele, Tatiana cita o tabagismo, a má alimentação e o sedentarismo. “Os alimentos muito ricos em gorduras saturadas também atrapalham, porque tendem a ter um comportamento inflamatório, que tem ligação com a oxidação”, finaliza.
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