Tess Munster se tornou um ícone puls size nos Estados Unidos. Uma das modelos mais requisitadas no meio, ela se tornou um sucesso e a musa inspiradora de milhares de ‘gordinhas’ mundo afora. Recentemente ela criou o movimento #effyourbeautystandards (um movimento em redes sociais que celebra diversos ideais de beleza), que tem mais de 65 mil ‘compartilhamentos’ só no Instagram. Diariamente ela recebe cartas e e-mails de mulheres agradecendo por fazê-las amarem seus corpos e não terem vergonha de usar roupas curtas, claras ou se esconderem. Por sofrer bullyng na adolescência, ela diz que abraça e a causa e incentiva outras mulheres na mesma situação.
Tess nasceu numa pequena cidade do Mississípi, em julho de 1985 e, ainda criança, descobriu ser diferente das outras meninas, pelo seu jeito e corpo mais curvilíneo. Quando entrou na escola foi um sofrimento só e ela foi perseguida com as piadinhas cruéis dos coleguinhas. Aos 15 anos, ela participou de um casting para modelos plus size em Atlanta, mas não fez sucesso. Depois de ler o livro Changing Faces, de Kevyn Aucoin, ela descobriu que a maquiagem poderia realmente transformar alguém por fora e por dentro. Aos 17 anos, forçada a abandonar a escola por causa do bullying, ela fez as malas e se mudou para Seattle para aperfeiçoar sua técnica de maquiadora e cabeleireira e se tornou diretora de criação de inúmeros desfiles de moda. Mas algo faltava em sua vida e, em 2010, decidiu se mudar para Los Angeles, e foi aí que sua felicidade ficou completa.
Poucos meses depois, Tess se tornou uma modelo plus size famosa e participou do programa Heavy, pela rede americana A & E e contratada como o rosto da marca Benefit Cosmetics. Um feito incrível para alguém fora dos padrões, com o corpo todo tatuado e usando manequim 52. No ano passado, a Vogue Itália a nomeou como ‘body positive activist’ (em tradução livre ‘corpo positivo ativista’) e a descreveu como uma das seis principais modelos plus-size do mundo. “O que mais gosto em minha carreira é a habilidade de inspirar e capacitar as mulheres em todo o mundo”, disse ela em entrevista recente ao Parade.com.
Em contrapartida, muitos perguntam sobre o outro lado da moeda, ou seja, a promoção da obesidade e os prováveis problemas de saúde. “Só vou dizer isto uma vez: seu tamanho não é um indicador de saúde. Além disso, não sou eu quem vai dizer às mulheres para elas perderem peso ou o que fazerem com seus corpos. Estamos constantemente informados de que a verdadeira chave para a felicidade é limitado ao tamanho que você veste. O que nós precisamos é de mais pessoas dizendo que está tudo bem em aceitar seu corpo do jeito que ele é.
Também precisamos de mais diversidade de tamanhos, mostrando o que a maioria das mulheres são reais. Se eu soar como um disco quebrado, é porque sou. Mas lembre-se, a indústria da dieta é um negócio de bilhões de dólares tentando vender padrões corporais inatingíveis. A indústria conta com o fato de que milhões de mulheres (e homens) vão comprar seus produtos na esperança de desvendar algum poder secreto para ter o parceiro de seus sonhos, dirigir um carro de luxo e de repente têm dentes perfeitamente brancos. Não julgue um gordo porque você não sabe se ele se mata na academia ou só come porcarias”, diz Tess.
Nenhum comentário ainda.