O costume de visitar o médico periodicamente (exames que a mulher precisa fazer anualmente) é muito importante para a saúde. Porém, infelizmente, é um hábito ainda muito ignorado. Quando se trata do ginecologista, por exemplo, é bastante comum que a correria do dia a dia faça com que a consulta seja adiada.
“Se a paciente não apresentar alguma disfunção, o ideal é que a primeira consulta ginecológica seja marcada logo depois da primeira menstruação. A partir daí, a periodicidade deve ser anual”, aponta a especialista em obstetrícia e ginecologia Dra. Fabiane Andrade Vargas.
1. Preventivo ou Papanicolau
É fundamental para o diagnóstico das primeiras alterações no colo do útero, que são fáceis de tratar, sendo recomendado pela maioria dos médicos a partir da primeira relação sexual e anualmente desde então. “O câncer de colo uterino é o que mais mata as mulheres no Brasil devido à falta do exame preventivo”, alerta a Dra. Fabiane.
2. Mamografia
Na opinião da maioria dos ginecologistas, esse exame, que detecta anormalidades no tecido da mama, deve ser feito anualmente a partir dos 40 anos de idade. Exceções são feitas para quem tem casos entre os parentes, pois quem tem história familiar de câncer de mama pode ter que iniciar mais cedo o monitoramento e a prevenção.
3. Hemograma
Esse exame oferece um parâmetro de como estão as células sanguíneas e as plaquetas, além de identificar inflamações, infecções e anemias. Ele deve ser pedido já na primeira consulta como parte do checkup.
4. Glicemia
Ajuda a identificar os níveis glicêmicos no sangue, inclusive para o diagnóstico da diabetes. Ele também deve ser solicitado na consulta inicial.
5. Sorologias
São ordenadas de acordo com o histórico e a suspeita de diagnóstico de cada paciente. “Os testes para as principais Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) também devem fazer parte de um bom checkup”, recomenda a doutora.
6. TSH
É um exame de sangue indicado para avaliar as funções da tireoide. Dependendo dos sintomas, pode ser solicitado antes dos 40 anos, mas deve ser incluído regularmente na lista de procedimentos médicos.
7. Pós-menopausa
Esse é um período que atinge mulheres entre 45 e 50 anos. A partir daí, são necessárias outras checagens. “Solicitamos exames de função do fígado e do rim, bem como de colesterol total e frações, além de todos os citados nos itens anteriores.” Nesse momento, a Dra. Fabiane recomenda também uma avaliação com um cardiologista.
8. Densitometria óssea
Determina a densidade dos ossos do corpo humano. É importante que o exame seja realizado após os 50 anos, período em que se começa a perder eficiência óssea. Se os resultados forem normais na primeira checagem, a desintometria óssea deve ser repetida a cada dois anos. Mas a partir do momento em que aparecem alterações, a frequência recomendada é anual.
9. Ultrassom transvaginal e ultrassonografia mamária
Esses exames não são pedidos como parte da rotina médica por serem mais específicos. A intenção é avaliar os órgãos do sistema reprodutivo feminino. “A maioria dos médicos concorda com o fato de que eles só devem ser solicitados quando a paciente apresentar sintomas ou histórico familiar, e não como rotina”, avisa a especialista. A ultrassonagrafia mamária, por exemplo, pode complementar o diagnóstico em caso de mamas mais densas durante a mamografia.
10. Colposcopia
Trata-se de um exame mais detalhado do colo do útero. “A colposcopia deve ser solicitada em caso de alterações específicas do preventivo (Papanicolau) se a paciente apresentar sintomas ou quando o médico perceber algo suspeito durante o exame de rotina”, comenta Fabiane. A urocultura (exame de urina) é também pedida em casos de pacientes com sintomas específicos, como ardência ao urinar.
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