Com a chegada dos dias mais quentes a vontade de ter uma perna lisinha passa a ser ainda mais intensa. Baseadas nas dúvidas das leitoras, Telma Resende de Almeida, depiladora há mais de 20 anos, com atuação em São Paulo e no Rio, esclarece quais são os procedimentos mais adequados para a remoção dos pelinhos. Confira!
As peles sensíveis sofrem mais com a depilação dos pelos curtos?
Não. O tamanho dos pelos não influencia nesse sentido. O que pode prejudicar a pele, sobretudo as sensíveis, é se submeter a um processo de depilação ministrado de modo incorreto pelo profissional.
Os aparelhos elétricos são uma boa opção?
Sem dúvida. Na realidade, os aparelhos contam com tecnologia de ponta que, inclusive, conseguem remover pelos com 0,5 mm. Por isso, antes de fazer o investimento é importante certificar-se que o aparelho tem discos capazes de remover pelos curtos. Além disso, as últimas novidades no mercado objetivam diminuir o desconforto que durante muitos anos deu fama a esses aparelhos. Há opções, por exemplo, com rolos de massagem que tanto estimulam previamente a pele como a acalmam. Também há versões que podem ser usadas durante o banho, por exemplo, o que muitas clientes relatam que deixa o momento mais gostoso.
Os cremes depilatórios são eficientes?
A eficácia dos cremes não tem relação com o comprimento do pelo. Eles atuam na camada superficial da pele, dissolvendo a haste do pelo. Portanto, desde que bem aplicados e, é claro, respeitando-se as instruções de uso, eles têm tudo para cumprir o que prometem. Deixo a sugestão para que na hora de eleger uma opção para comprar, dê preferência para os que trazem ativos hidratantes e calmantes. Ao contrário do que muitas pessoas supõem, não é apenas no inverno que a pele tende a ressecar. No verão, mesmo longe do cloro da piscina ou do sal do mar, as temperaturas mais altas também pedem esse cuidado. Desse modo, toda hidratação é bem-vinda. E se o processo depilatório é, por sua própria natureza, uma agressão para a pele, apostar numa hidratação imediata é, com certeza, positivo tanto para a saúde da pele quanto para o resultado estético final.
Qual a melhor opção, a cera quente ou a cera fria?
Independente do tamanho do pelo, a cera quente tende a ser uma opção mais requisitada, pois a temperatura mais alta dilata os poros e facilita a saída dos pelos. No entanto, nem toda cera quente é capaz de retirar bem os pelos – afinal, o que está em jogo aqui é a capacidade de aderência da cera aos pelos curtinhos.
Qual cera quente você destaca?
A cera negra é uma das mais eficientes. É produzida a partir do mel puro de abelhas e, contrariamente, ao que o nome possa sugerir, tem coloração da sua principal matéria-prima. Com ela, já no primeiro puxão é possível retirar os pelos ainda bem pequenos. Isso porque ela se adere muito bem ao pelo – e não à pele, fazendo dela também uma opção amiga das peles mais sensíveis à dor, hematomas e vermelhidão. Acredito que outra vantagem da cera negra é que não precisa ser utilizada tão quente – o que deixa esse processo mais confortável. Cabe ao profissional incrementá-la com ativos hidratantes e calmantes, como óleos e essências.
A cera australiana também vem ganhando fama nos centros de estética pelo Brasil afora. Um dos destaques comentados pelos profissionais e clientes é a eficiência na remoção de pelos curtos. Como você a avalia?
Eu concordo que a cera australiana garante bons resultados. Assim como a cera negra, ela consegue grudar muito bem nos pelos com cerca de 1 mm de comprimento. Sua formulação é diferente: é feita à base de ingredientes como o chocolate, a baunilha e o morango. Mas não é apenas no Brasil que a cera australiana é um sucesso. Ela ganhou merecida fama por ser eficiente na remoção de pelos encravados. Mas avalio com outra vantagem a ação anti bactericida – trunfo da formulação exclusiva. Infelizmente, a desvantagem é que devido, sobretudo, aos altos impostos, sua importação (e aqui me refiro ao produto original, é claro) não é vantajosa para estabelecimentos comerciais de pequeno porte – o que faz dessa opção mais difícil de ser encontrada no Brasil.
No caso das sobrancelhas, qual o método mais indicado?
A pinça, sem dúvida. Conforme mencionado anteriormente, a cera traz bons resultados para pelos a partir de 2 mm de comprimento. No caso das sobrancelhas, qualquer pelinho que desponta pode comprometer o visual “limpo” que muitas mulheres não abrem mão. Por isso, as pinças são grandes aliadas. Há vários formatos no mercado que facilitam a retirada de pelos de todos os portes. Mais uma vez aproveito para deixar a dica: evite mexer sozinha na sobrancelha. Mesmo sem querer, as chances de comprometer o desenho são grandes.
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