Entre carro ou moto, não tenha dúvidas: fique com um maxiscooter. Eu já tinha emitido tal opinião em artigo publicado no início de abril. Foi quando comentei sobre o preconceito contra esse tipo de veículo — e sua tímida presença no cardápio dos fabricantes no Brasil. Na ocasião, tínhamos apenas três modelos de scooters “tamanho GG”: Suzuki Burgman 400, Burgman 650 e Dafra Citycom 300i. Mas isso é passado. Em 2014 teremos o dobro de opções.
Em agosto, tive a chance de rodar no sofisticado e empolgante Yamaha T-Max 530, que estará por aqui até o final do ano. Um scooter grandão, com motor de dois cilindros e 46,5 cavalos. Recheado de tecnologia e com design futurista, terá a função de mostrar ao brasileiro do que os engenheiros da Yamaha são capazes. Com certeza não será fácil de vê-lo nas ruas, pois custará cerca de R$ 40 mil, valor bem próximo ao de um carro popular com todos os equipamentos de conforto e segurança necessários.
O preço também o coloca no páreo em relação às motos de média cilindrada europeias, como as Triumph, BMW e Ducati, além de Kawasaki e Honda.A novidade da Yamaha entrará em rota de colisão com o Burgman 650 (cotado a R$ 35 mil) e não lhe será uma tarefa fácil. O Burgman 650 tem a seu favor a potência maior (55 cv) e ainda traz a praticidade do câmbio CVT (transmissão continuamente variável), usado na maioria dos scooters. Como diferencial, o “Burgmão” conta com opção de câmbio manual, que faz dele um dos veículos de duas rodas mais divertidos que se pode pilotar. Quem já andou sabe de sua capacidade em retomadas de velocidade e curvas.
Seu maior defeito é o tamanho das rodas: 13 polegadas na traseira e 14 na dianteira, medidas que dificultam sua convivência com as ruas brasileiras. O Yamaha T-Max usa rodas maiores, de 15 polegadas.
Fácil e Elegante
Donos de motocicletas que me desculpem, mas entre motos e scooters, fico com a segunda opção. É ligar e acelerar! Fáceis de pilotar, oferecem excelente espaço para bagagens e, em caso de chuva, o nível de proteção é bastante elevado graças ao parabrisa e à carenagem.
E, no cotidiano, é possível ir trabalhar e até participar de uma reunião sem chegar atraindo a atenção de todos. Basta levar um blazer e um par de sapatos no bagageiro. Quem anda de moto, aliás, sabe bem que a indumentária pedida para pilotá-las não combina com ambiente corporativo.
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