Como fazer o Bolo Red Velvut
Modo de preparo:
Esta receita que anotei no canal GNT é de Aline Marques está no livro colaborativo “10 motivos para praticar Cozinhaterapia”.
As vuvuzelas ficaram famosas na disputa da Copa do Mundo da África. São cornetas levadas aos estádios ou qualquer lugar onde se veja jogos, fazendo um barulho danado. Animada para alguns, a vuvuzela (corneta) pode trazer riscos à criançada. Uma corneta utilizada nos jogos da Copa, por exemplo, pode emitir um som de até 125 decibéis. E adivinhem, mamães, quanto o ouvido humano pode suportar sem que haja muito incômodo? De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, os sons suportados pelo ouvido humano são aqueles de até 85 decibéis.
Olha o tamanho do risco. O som da vuvuzela é mais alto do que uma serra elétrica ou cortador de grama, que chegam a 110 decibéis, ou uma sirene de ambulância, que pode chegar a 120.
Lógico que não é preciso ter pânico. Vez ou outra não tem problema. Mas comprar uma vuvuzela pode não ser o presente ideal.
Um ruído muito alto e repentino pode provocar um trauma acústico, isto é, lesões na orelha externa e interna.
Na externa, pode ocorrer perfuração da membrana timpânica. E se o prejuízo chegar internamente, as células ciliares poderão ser lesionadas, tanto as externas quanto as internas. São essas células que potencializam o som dentro do ouvido e o transformam em impulso nervoso, gerando a audição.
A conseqüência pode ser temporária ou permanente. Quanto maior à exposição ao ruído, maior será o dano para a audição. Os sintomas de um trauma acústico para as crianças são os zumbidos (ruído no ouvido mesmo em ambiente silencioso), tontura e irritação. As pequenas que não sabem falar podem ficar irrequietas e incomodadas sem motivo aparente.
O problema durante as comemorações não são só as cornetas de plástico, os fogos, músicas em volume alto, e outros tipos de corneta também são perigosos.
Uma perda de audição nas crianças pequenas pode levar a um prejuízo na aquisição da fala e linguagem e na concentração.
Conselhos: Evite lugares aglomerados e com muito ruído com as crianças. Prefira ficar em casa ou com um grupo pequeno de amigos. Se isso não for possível, proteja os pequenos com protetores auriculares para que o som das vuvuzelas ou qualquer tipo de corneta cheguem em menor intensidade na orelha das crianças.
Lembrete: esses dados servem para os pequenos e também para os grandes.
Para Ele e para Ela: 10 opções de presentes em conta para cada um !
1- Drink Caiçara (receita do Marakuthai)
Ingredientes:
Modo de preparo
1- Macere os dois limões junto com o açúcar como uma caipirinha.
2- Após tirar o caldo dos limões, retire as cascas, acrescente o gelo picado e a cachaça envelhecida e mexa bem. Por último, coloque o sorvete de capim santo por cima.
Dica: Coloque um talinho de capim santo, que vai servir de mexedor enquanto o sorvete derrete e se junta com a caipirinha. Rendimento: 1 copo
2- Drink Brasil (receita do Terraço Itália)
Ingredientes:
Modo de preparo
1- Bata todos os ingredientes e sirva com bastante gelo.
2- Finalize o drink com raspas de limão siciliano. Rendimento: 1 copo
3- Drink Espanha (receita do Veríssimo Bar)
Ingredientes:
Modo de preparo
1- Em um copo oldfashioned macere a fruta junto ao xarope, adicione gelo e a cachaça. Mexa com o auxílio de uma colher bailaria e bom proveito. Rendimento: 1 copo
4- Drink Brasileirinha (Receita do Brasserie des Arts)
Ingredientes:
Modo de preparo
1- Macere o limão com o xarope de baunilha. Adicione os demais ingredientes e bata na coqueteleira com gelo. Sirva no copo em seguida. Rendimento: 1 copo
5- Drink Caipira do Mario (Receita do Quintana Bar)
Ingredientes:
Modo de preparo
1- Bata todos os ingredientes com gelo. E decore com limão e folha de hortelã. Rendimento: 1 copo
A Agência Espacial Americana (NASA) anunciou hoje a descoberta do Kepler-186f, um planeta mais ou menos do tamanho da Terra. O mais legal é que há grandes chances de o planeta ter água em forma líquida e, consequentemente, algum tipo de vida (da maneira como conhecemos).
No Kepler-186f, um ano dura 130 dias. O novo planeta gira em torno de uma estrela chamada Kepler-186, na constelação de Cisne, a uns 500 anos-luz da Terra. A Kepler-186 é uma anã vermelha. Estrelas dessa categoria têm menos que a metade da massa do Sol. Em sua órbita, há outros planetas além desse novo primo da Terra. Mas não há indícios de vida em nenhum deles, porque estão bem perto da estrela, onde é quente demais.
Planetas que orbitam em torno de estrelas fora do Sistema Solar não são novidade na astronomia. Só em zonas habitáveis, regiões onde as condições para a vida são mais favoráveis, há pelo menos 20 planetas já conhecidos. Mas, em comparação com outros, o Kepler-186f está em vantagem: não está nem muito perto, nem muito longe de sua estrela (assim como a Terra). O tamanho também conta. Planetas muito grandes normalmente são feitos de gás, como Júpiter. E, para os cientistas, é bem mais provável que exista vida em planetas sólidos. O Kepler-186f é só 10% maior que nós e, ao que tudo indica, também é rochoso.
Calma, não estamos nem perto de viajar até o planeta para confirmar nossas suspeitas. Acontece que essa suspeita já é muita coisa. De todos os planetas de dentro e fora do Sistema Solar, só 4 são notadamente feitos de “pedra” (Mercúrio, Vênus, Marte e Terra). Com o Kepler-186f, são 5. O problema é que, segundo a astrônoma Elisa Quintana, vai ser bem difícil conseguir mais detalhes sobre o nosso novo primo. “A luz da estrela é muito fraca para novos estudos, mesmo com grandes telescópios de última geração”, diz a cientista, que trabalha com pesquisas do telescópio Kepler no Instituto SETI (sigla em inglês para “busca por inteligência extraterrestre”).
O futuro da robótica é imprevisível. Todos os dias, pesquisadores trabalham em avanços significativos para essa área.
A chamada ascensão dos robôs tem sido mostrada em muitos filmes, gerando uma rivalidade entre máquinas e humanos. Embora isso pareça simples ficção científica, muitos cientistas da computação dizem que essa realidade vai chegar em algum momento do século 21.
Assim, o futuro da humanidade pode guardar batalhas épicas entre robôs e seres humanos. Os robôs super-inteligentes podem levar à extinção em massa ou ao prolongamento da vida humana. Agora, vamos conhecer os 7 futuros possíveis da robótica:
1 – Guerra de Robôs – O pesadelo que alimentou “O Exterminador do Futuro” pode se tornar realidade. Cientistas dizem que existe a possibilidade de que os robôs acabem competindo com os humanos pelo domínio do planeta. Os engenheiros já estão desenvolvendo soldados robóticos para serem empregados na guerra contra o terror.
2 – Imortalidade – Muitas pessoas, como o futurista Ray Kurzweil, acreditam que os seres humanos não terão de morrer após a singularidade. Alguns imaginam um futuro onde os seres humanos possam ter cérebro em computadores. Essencialmente, eles viveriam dentro de máquinas. Outros imaginam peças cibernéticas para substituir membros cancerosos e corações envelhecidos.
3 – Economia em chamas - Uma vez que as máquinas podem corresponder a inteligência humana, será uma questão simples copiar softwares. O avanço da tecnologia pode influenciar o ritmo de crescimento econômico.
4 – A destruição ambiental - Os robôs não precisam de ar, água ou comida, então eles poderiam destruir o meio ambiente. Como resultado, alguns acreditam que há um risco maior de robôs super-inteligentes drenando todos os recursos naturais da Terra, agravando os problemas ambientais.
5 – Humanos - Implantes cibernéticos também podem significar que o homem pode se tornar uma super-potência. Kurzweil, diretor de engenharia do Google, imagina um mundo onde a maioria das pessoas vão fazer uso de implantes cibernéticos para serem mais inteligentes. Isso pode transformar os seres humanos em cyborgs.
6 – Desemprego em massa – Como os robôs ficariam mais espertos, os humanos simplesmente não seriam capazes de se manter no mercado de trabalho. Até as tarefas mais simples podem ser terceirizadas para robôs, que vão substituir os operários. Esse fato pode resultar num desemprego em massa no futuro.
7 – Habilidades humanas - Uma vez que quase todas as tarefas serão terceirizados pela super-inteligência, os seres humanos poderão gradualmente perder as habilidades. Os seres humanos perderiam a capacidade de memorizar e calcular.
Os fãs de Star Wars terão em breve mais um motivo para comemorar: será lançada a torradeira do Darth Vader.
A ideia surgiu da parceria entre duas empresas americanas: A Pangea Brands (fabricante de produtos licenciados para diversas marcas) e a Lucasfilm (fabricante de produtos inspirados em filmes, dentre eles o famoso LEGO Star Wars).
Além de possuir o formato do capacete do vilão de Guerra nas Estrelas, a nova torradeira também tosta desenhos da série nos pães. Após a colocação dos pães de forma na torradeira e descendo a alavanca, é dado o início do processo de tostagem. De um lado do pão é tostada a imagem de Darth Vader e do outro, o logo “Star Wars”.
A qualidade dos desenhos depende dos cuidados e das configurações de uso da torradeira: é importante ficar atento para não esquecer e não torrar demais os pães, afinal, isso poderia acabar estragando o desenho.
Se você é fã da série e já sentiu vontade de decorar a sua cozinha com essa novidade, é preciso aguardar: prevista para chegar ao mercado americano em julho deste ano, a torradeira custa US$ 45 (aproximadamente R$ 100) e já está disponível para pré-venda na loja online BigBadToyStore.
As vezes, o gato lambe o seu dono como uma mãe gato lambe os seus filhotes, demonstrando cuidado e afeto. Outras vezes, ele o lambe da mesma forma que ele lambe outros gatos para marcar território. E, dependendo do cenário, ele lambe até para mostrar que o dono é um grande amigo.
Analisando como e quando o gato lambe seu dono, é possível determinar o que ele está querendo comunicar.
Gatos lambem os seus donos para construir e fortalecer laços sociais
Desde pequenos, os gatos são acostumados com lambidas, já que, ainda filhotes, são lambidos todos os dias pelas mães. Com isso, eles começam a explorar o mundo através da sua língua, e a higiene das lambidas é interpretada por eles como um sinal de carinho e proteção.
Ao lamber o dono, o felino envia sinais de que está aceitando a relação e que o dono pode interagir socialmente com ele, assim como eles também fazem com outros animais.
As vezes, o gostinho do dono é tão bom que o gato não consegue resistir
Gatos gostam de comidas salgadas e são atraídos pelo suor do dono. É costume, por exemplo, muitos gatos lamberem seus donos após estes voltarem da academia ou de uma corrida no parque.
Além do suor, loções hidrantes e sabonetes também atraem lambidas desses felinos. Isso pode explicar por que vários gatos lambem os seus donos assim que os donos saem do banho.
Em alguns casos, lamber o dono significa dizer, “você é meu”
Marcar território com o xixi não é o único jeito de o gato mostrar o que pertence a ele; muitos fazem isso com lambidas, já que a saliva do gato possui partículas de odor.
Em vários casos, esse tipo de comportamento é aprendido com a mãe, que lambe os filhotes toda vez que ela os vê, de forma deixar o seu cheiro neles.
É possível que esse comportamento se torne compulsivo, principalmente em casos em que o gato se recusa parar e não se distrai com outras coisas. Nos casos em que o gato adquire o comportamento de lamber os seus donos excessivamente, ele pode estar sinalizando alguma mudança em sua saúde. Por esse motivo, é importante encaminhá-lo a um veterinário.
Quando o gato te lambe e pede carinho, ele está gritando “eu te amo”
Na maioria das vezes, o gato lambe seus donos para demonstrar o quão protegido e confortável ele se sente com sua presença.
Nesse caso, ele conecta o banho de língua no dono com os banhos de proteção que ganhava de sua mãe quando filhote, já
Gatos que lambem seus donos e outros objetos da casa podem estar demonstrando estresse
Em casos extremos de ansiedade, os gatos lambem seus donos para confortar-se do estresse que sentem. Eles também podem lamber, com frequência tecidos e plásticos.
Nesses casos, eles lambem os donos não para demonstrar afeto, mas sim para se acalmarem. Gatos que foram tirados da mãe muito cedo tendem a lamber e chupar os dedos dos seus donos quando filhotes para se acalmarem. Em diversos casos, esse comportamento continua quando o gato é adulto.
Como fazer o gato parar de lamber as pessoas
Se as lambidas se tornarem muito intensas e fugirem do controle, talvez seja o momento de distrair o gato e ensiná-lo a não lamber.
Procure redirecionar a atenção do gato para alguns brinquedos, quando ele for te lamber. Brinquedos com catnip costumam ajudar nesse processo. Quando o gato brincar, ofereça petiscos ou carinho a ele. Porém, quando ele te lamber, simplesmente o ignore. Logo, ele buscará outras formas de te pedir e demonstrar carinho.
Treinar um gato que está acostumado a lamber a parar esse comportamento não é uma tarefa fácil, mas, com paciência, é possível. Nunca bata no animal ou empurre-o quando ele te lamber, pois, além de não ajudar a parar as lambidas, ainda pode estressar o animal.
Com ondas que duraram cerca de doze minutos na tarde da última quarta-feira, 50 surfistas aproveitaram a Pororoca nas águas do rio Capim, em São Domingos do Capim, no nordeste do Pará. O fenômeno, decorrente da influência da fase lunar, pôde ser visto município entre os dias 31 de março e 2 de abril.
Nos quatro dias do evento, o público se revezou entre a orla da cidade, a Ilha do Tóio e o Mirante do Barriga, considerados os melhores pontos para se observar a onda e ver a ação dos surfistas.
No último dia do evento as ondas estavam maiores do que o normal. Para o surf na Pororoca, onde há o encontro entre as águas do mar e do rio, alguns surfistas utilizam uma prancha maior do que as usadas nas praias.
A 16ª edição do Surf da Pororoca foi organizada pela Associação Brasileira de Surf na Pororoca (Abraspo), com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel).
Além do surf, a cidade sedia até o próximo domingo o 15º Festival da Pororoca. De acordo com a prefeitura de São Domingos do Capim, a expectativa é que o evento atraia mais de 20 mil pessoas. Na programação estão torneios de futebol de areia e apresentações das bandas Saia Rodada e Caretas de Som.
O leitor Roberto Meira, de Brumado (BA), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra.
Em uma noite qualquer, durante a semana, Ashlyn Blocker preparava um macarrão instantâneo quando deixou a colher cair na panela de água fervendo. Antes de pedir ajuda, Ashlyn, de 13 anos, decidiu resolver sozinha a situação: sem pensar muito, enfiou os dedos na água e tirou a colher. Quando olhou suas mãos e viu a pele vermelha, percebeu que havia feito besteira. Correu para a pia e as colocou sob a água corrente.
Só então chamou a mãe. Tara Blocker largou o que estava fazendo para acudir a filha assustada, esperava pelo pior. Há 13 anos, ela vive um medo constante esperando sempre pelo pior. Hoje, dois meses depois, ela consegue contar essa história rindo. Mas as ameaças, diz, são diárias e sempre há uma nova. “Minha preocupação agora é que ela começou a usar a chapinha para alisar o cabelo e aquilo fica muito quente.”
Enquanto me conta essa e outras histórias na sala de sua casa, na Geórgia (EUA), Tara usa uma camiseta com a frase: “Acampamento sem dor, mas com esperança”. É do grupo criado pela família para crianças que, como Ashlyn, não sentem dor. Ela e o marido, John, buscam de todas as formas saber mais sobre insensibilidade congênita à dor, a doença da filha.
Ashlyn parece uma adolescente como qualquer outra. Ela é ativa e animada. Corre de um lado para outro sem se preocupar com seu corpo, para desespero dos pais. Justamente por não sentir dor, ela se coloca em constante perigo. Até mesmo coisas mais simples, como comer um sanduíche, podem ser um risco. “Ela tira do forno e leva direto para a boca, apesar de já termos dito mil vezes para testar antes com as mãos se já está frio o suficiente”, diz a mãe. Ashlyn pode perceber a temperatura das coisas, mas não a ponto de sentir algo quente queimar sua boca. Quando possível, a família investe para preservar a segurança da filha, caso do aparelho dos dentes: ela usa a versão de plástico invisível porque os tradicionais de metal podem cortar sua gengiva ou língua sem que perceba. Outra precaução é a pulseira de silicone que não sai de seu pulso e que traz um aviso importante: “Incapaz de sentir dor não produz suor”.
Tara e John não gostam de deixar Ashlyn sozinha na cozinha, mas é algo com que tiveram de aprender a lidar, uma concessão ao crescimento e amadurecimento da filha. E, apesar de elogiarem muito o senso de responsabilidade da menina, não conseguem esquecer as tantas vezes em que sua condição a colocou em perigo. Aos 2 anos, Ashlyn deixou as palmas das mãos em carne viva quando o pai lavava o quintal com uma mangueira de pressão e, num momento de descuido, não viu a menina colocar a mão na saída de vapor fervendo. Não muito tempo depois, foi atacada por um formigueiro inteiro no jardim e, só quando já estava com mais de 100 picadas pelo corpo, chamou a mãe reclamando de “bichinhos”. Mais crescida, andou com o tornozelo quebrado por dois dias até que os pais se dessem conta de que havia algo errado.
Quando nasceu, Ashlyn não chorou. Também não expressou reação nenhuma quando teve assaduras tão feias que faziam a mãe se contorcer a cada troca de fraldas. “O pediatra me mandava trocar a fórmula, passar pomada e manter seco, mas o que eu estranhava era o fato de ela não reclamar sequer de conforto ou esperança. “John e eu nunca tínhamos ouvido falar dessa doença, estávamos totalmente no escuro, então ficamos apavorados.”
Risco Zero
A primeira providência dos dois foi livrar-se de tudo que oferecesse risco ao bebê, de móveis com quinas perigosas a enfeites cortantes. Forraram todo o piso com o carpete mais macio que encontraram. Nunca deixaram Ashlyn andar de patins, nem de bicicleta. A vestiam com diversas camadas de roupa para deixá-la protegida de arranhões, cortes e quedas. A babá eletrônica ficava ligada 24 horas por dia e eles prestavam atenção até num ranger dos dentes mais forte da filha. E quando, mesmo assim, não conseguiam dormir, a levavam para a sua cama e Tara ficava a noite toda segurando as mãozinhas de Ashlyn para que ela não se machucasse durante a noite coçando muito forte a pele ou os olhos.
Quando Ashlyn tinha cinco anos, os Blockers decidiram que a única forma de encontrar outras pessoas com a mesma condição da filha era levantando uma bandeira. Entraram em contato com o jornal da cidade, que publicou um artigo sobre Ashlyn em outubro de 2004. A agência de notícias Associated Press comprou a matéria e a foto da menina foi parar ao lado da de George W. Bush na home do site MSN. O programa de TV “Good Morning America” pediu uma entrevista com a menina. Nos talk shows, todos queriam saber das histórias aparentemente engraçadas – em que ela se machucou sem perceber (e sentir). Até a mídia internacional a transformou em notícia. Toda essa repercussão ajudou a colocar a família em contato com cientistas e especialistas do mundo todo para ajudá-los a entender mais sobre a condição da filha.
Um deles foi o reumatologista Roland Staud, professor na Universidade da Flórida, que os convidou para ir até seu consultório, onde ele pesquisava a ausência crônica de dor havia 15 anos. As implicações da doença de Ashlyn são profundas. Durante anos, o professor fez testes em seu material genético e encontrou duas mutações no gene SCN9A, responsável por enviar o alerta de dor ao cérebro. O mesmo gene, com uma mutação distinta, leva a dores severas e crônicas, numa síndrome inversa à de Ashlyn. Se pudesse entender como a mutação aconteceu na menina, especula, ele poderia ocasioná-la nas pessoas que sofrem de dores crônicas e aliviar seu sofrimento.
A conexão entre o gene SCN9A e a intensidade da dor foi descoberta em 2006 por Geoffrey Woods, um geneticista da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. “Eu trabalhava em Yorkshire, onde havia muitos imigrantes paquistaneses e o número de casamentos entre primos de primeiro e segundo grau era alto”, diz Woods. “Havia muitas crianças com doenças genéticas.” Numa viagem ao Paquistão, lhe pediram para ver um menino em Lahore que, disseram, não sentia dor. “Mas antes que eu chegasse lá o menino morreu. Me contaram que, como presente de aniversário, ele quis pular do telhado de sua casa térrea. Apesar de ter saído aparentemente ileso da queda, ele morreu no dia seguinte por conta de uma hemorragia interna sem sentir nada. Quando voltei para a Inglaterra, encontrei outras três famílias com filhos com a mesma condição – com feridas múltiplas, mordidas na língua, nos lábios, fraturas e cicatrizes. E em muitos casos os pais quase perderam a guarda das crianças por suspeita de abuso físico.”
Dor Física X Dor Emocional
Ao lado dos diplomas na parede da sala do professor Staud estão penduradas fotos de Ashlyn. Ele a acompanha desde tão pequena que se tornou quase da família. “A história dela nos oferece um excelente exemplo de como a vida pode ser complicada sem a orientação da dor”, diz. “A dor é uma dádiva e ela não a recebeu.” Os testes feitos por ele mostram que Ashlyn pode sentir cócegas e pressão e diferenciar um toque suave de um cutucão, mas não percebe variações de temperatura nem a dor propriamente dita. Ele também a avaliou psicologicamente para determinar se ela poderia sentir algum tipo de dor emocional ou empatia. Descobriu uma menina brilhante, doce e amigável, mas o resto é preciso esperar para ver. “Ainda há muitas perguntas sem respostas. Não sabemos como ela vai se envolver com as pessoas amorosamente.
Ele se refere, principalmente, à dor emocional que muitas vezes nos atinge também de forma física. A dor do coração partido, a perda de um grande amor ou o fim de um relacionamento nos causam um tipo de dor que pode ser determinante sobre como agimos em nossas relações íntimas para toda a vida.
A questão é: uma pessoa com inabilidade de sentir dor física pode ser afetada em seu desenvolvimento emocional? “É completamente possível que algumas conexões da transmissão da dor funcionem em Ashlyn. E esse é um dos motivos pelo qual acompanhamos seu desenvolvimento tão de perto. Ela está entrando numa fase de mudanças hormonais agora. Os receptores de estrogênio na puberdade estão diretamente associados ao processo de dor.
Será que ela sentirá medo, insegurança? Até agora seus principais desafios foram físicos, mas, com a maturidade, suas ameaças se tornarão emocionais. Eu não a vejo chorar muito, por exemplo. O que isso significa?” Ashlyn chora, sim, defende a família. Ela chorou quando seu cachorro fugiu de casa no ano passado. “Ela pode sentir empatia”, insiste a mãe. “Não sei se isso pode ser apontado nos exames, mas eu sinto que ela sente, sei no meu coração.”
Vigilantes da Dor
Além do doutor Staud e dos pais e irmãos, Ashlyn tem outros 730 “alarmes artificiais de dor”. São os habitantes da pequena cidade em que ela mora, que não só sabem de sua doença como zelam por ela o tempo todo. “Uma vez ela cortou o pé e não percebeu. Quando a vi estava cheia de sangue e fui socorrê-la”, diz Michael Carter, professor de música da menina. Assim como ele, todos parecem sentir Ashlyn como um ser estranho e especial e têm orgulho de cuidar dela. “Ela tem um jeito especial de enfrentar tudo isso. Não tem vergonha de dizer ‘Eu sou assim’ e contar para as pessoas sobre sua doença. E ela adora abraçar, é uma menina muito carinhosa”, diz o professor.
Quando Ashlyn falou da doença na escola, a primeira pergunta que ouviu dos colegas foi se era uma espécie de super-homem. Poderia sentir um soco na cara? Poderia andar sobre carvão em brasa como se estivesse caminhando na grama? Sentiria dor se levasse uma facada? As respostas: não, não, sim, não. Ela pode sentir pressão e texturas. Pode também sentir um abraço. “Todo mundo na minha classe pergunta e eu explico mil vezes: eu posso sentir a pressão, mas não sinto dor.”, diz. São segredos que seu corpo carrega que podem ser valiosos para desvendar os mistérios da dor. Por isso, Ashlyn e sua família já se conformaram com o fato de que ela será testada durante toda a sua vida. Assim como também já assimilaram que ela nunca estará totalmente protegida de si. É impossível querer prever todos os perigos com antecedência, então o que ela pode fazer é contar com todos que estão à sua volta para ajudá-la. “As pessoas ficam dizendo ‘não sei como vocês conseguem lidar com isso.´ E eu apensas respondo: ‘Não sei, venha até a nossa casa e me diga o que não te parece normal.”
Como fica na Vida Adulta?
Quando Karen Cann e sua irmã Ruth eram crianças na Escócia, ninguém sabia explicar o que havia de errado com elas. Seus pais viviam com medo de as filhas se machucarem, mas tentavam disfarçar sua diferença e parecer normais. “Nós não queríamos ser consideradas aberrações”, diz Karen, hoje com 35 anos. “Quero dizer, sei que é o que somos.” Elas não transpiram nem sentem cheiro (assim como Ashlyn).
Durante toda a infância, elas estavam sempre com gessos e queimaduras pelo corpo, e a mãe tinha que enfrentar olhares suspeitos dos médicos. Só aos 20 anos elas conheceram o geneticista Geoffrey Woods e, depois de alguns testes, ele comprovou que ambas as irmãs tinham mutações no gene SCN9A. Quando Karen começou a se interessar pelos homens, ela lembra de se sentir muito constrangida com as cicatrizes de seu corpo a ponto de nunca usar saias para esconder as pernas. Mas ela e a irmã conseguiram passar por essa fase e se formaram na niversidade. Hoje, ambas têm namorados e empregos bacanas. Quando transa com o marido, Karen diz que pode sentir prazer – ou, pelo menos, pensa que pode. “A intimidade é agradável”, diz. “Eu provavelmente não sinto o mesmo que outras pessoas, mas é gostoso.”
Aos 31 anos, ela teve sua primeira filha de parto cesariana. A menina nasceu saudável, mas algum tempo depois a mãe começou a sentir a parte direita do corpo um pouco rígida. Ficou assim por semanas, até que ouviu um barulho estranho. Como se algo tivesse quebrado dentro de si, um “crack”. Então a dificuldade para andar ficou insuportável. Os médicos descobriram que ela havia fraturado a pélvis em muitos pedaços durante o parto e estava sangrando internamente. Foram seis meses no hospital e nenhum tipo de dor.
Ao ouvir a história de Ashlyn, Karen diz se sentir bem. “Minha irmã e eu sempre vimos nossa condição de uma maneira negativa, tentávamos esconder de todo jeito. Quero, assim como a família de Ashlyn, disseminar a consciência do que é viver sem dor.”