Para a maioria das pessoas o amor é o tempero principal dentro de uma relação. Mas, para o amor sobreviver aos desafios do relacionamento e a harmonia ser mantida entre o casal, a forma de se comportar de ambos em determinadas situações é primordial . Sem regras, os papéis devem se adaptar a certas emoções e equilibrar o respeito, amizade, educação e emoção. Afinal, o segredo do bom relacionamento está associado a diversos sentimentos.
Segundo a psicóloga e especialista em análise comportamental, Camila Cury, é preciso conhecer os papéis do eu, que representa a capacidade de escolha. A especialista ressalta ainda que brigar, gritar, impor ideias em excesso não reflete uma personalidade do Eu forte, como muitos pensam, mas, sim, frágil. “Falar o que vem à mente, dizer sempre a verdade, nem sempre é a expressão de um Eu maduro, mas, sim, de quem não tem autocontrole. Um Eu forte e maduro aquieta sua ansiedade, protege quem ama, pede desculpas sem medo, aponta primeiro o dedo para si antes de falar dos erros do outro, repensa sua história, exige menos e se doa mais e não tem a necessidade neurótica de mudar quem está ao seu redor”, ressalta a psicóloga.
O bom relacionamento
Saber se relacionar saudavelmente também auxilia as pessoas a superarem melhor as frustrações e decepções, sentimentos que são inevitáveis no convívio humano. “Não há nada tão saudável quanto construir relações sociais saudáveis, fundamentadas em amor inteligente, elogio, apoio, diálogo, tranquilidade, generosidade, investimento em sonhos e reconhecimento de erros. Paralelo a isto, nada pode ser tão angustiante quanto construir relações saturadas de atritos, discórdias, cobranças, ansiedade, ciúme, controles, medo da perda e necessidade neurótica de estar sempre certo”.
Veja algumas as dicas da especialista para ajudar nesse desafio:
Não avalie o outro pelos seus erros: A maioria tem uma tendência de julgar o outro pelo erro, esquecendo-se dos acertos e dos momentos juntos de dificuldade. Entender que ninguém oferece ao outro o que não tem para dar e que as pessoas são mais importantes que os seus erros, pode contribuir muito na construção de relações saudáveis.
Elogie antes de criticar:Elogiar em público e criticar no particular é a melhor técnica para produzir aprendizagem. A pessoa exposta sente-se invadida emocionalmente e pode se fechar a qualquer iniciativa de reflexão e mudança.
Cobre menos e abrace mais: Muitos se cobram demais, buscam errar pouco e são altamente preocupados com o que os outros vão pensar de si. Isso é muito importante, mas se não houver proteção emocional, a maioria acaba se cobrando excessivamente e, consequentemente, cobrando do outro também. Ser tolerante e paciente é fundamental para ser assertivo. Doe-se sem reservas, mas, não espere a contrapartida do retorno.
Reconheça os erros:Antes de exigir mudanças nos outros, devemos buscar mudanças em nós mesmos, e o primeiro passo é reconhecer os erros. Quem acredita que os problemas são sempre do outro, não possui maturidade emocional e pode levar suas dificuldades até o final de sua vida, sem reeditar sua história.
Seja empática, simpática e carismática: Colocar-se no lugar do outro se preocupando pelo interesse e necessidade das pessoas é o ponto de partida para construir relacionamentos estáveis. Exponha o que sente pelo companheiro, compartilhe suas histórias e valorize a das outras pessoas.
Como você gosta de dormir com seu parceiro? Longe ou perto? De conchinha, de frente um para o outro ou virado para lados opostos? Pois saiba que esses detalhes podem dizer bastante sobre a relação. De acordo com uma pesquisa do psicólogo Richard Wiseman, da Universidade de Hertfordshire, na Inglaterra, os que descansam mais próximos e se tocando são mais felizes na vida amorosa. Os dados são do jornal Daily Mail.
O levantamento com 1,1 mil pessoas constatou que 34% se tocam durante o sono, 12% passam a noite a menos de 2,5 cm de distância e 2% ficam separados por mais de 75 cm. “Noventa e quatro por cento dos casais que passam a noite em contato estavam felizes com seu relacionamento, em comparação com apenas 68% daqueles que não se tocam”, disse o cientista. Fora isso, 86% dos que ficam separados por menos de 2,5 cm são mais satisfeitos, contra 66% dos que dormiam a mais de 75 cm.
Sobre posição, 42% passam a noite virados de costas, 31% no mesmo sentido e 4% de frente para o outro. Dos que se tocam, tendem a ser mais felizes os que dormem se encarando (100%), em comparação com os que viram para a mesma direção (91%) ou ficam com as costas juntas (91%). No caso dos que não se encostam, os mais satisfeitos são os que ficam virados para o mesmo sentido (76%), em relação aos que ficam cara a cara (55%) e de costas um para o outro (74%).
A pesquisa também sugere que as pessoas que dormem muito perto de seus parceiros tendem a ser mais extrovertidas. “Trinta e quatro por cento das pessoas disseram que dormiam se tocando, mas esse número aumentou para 45% entre os extrovertidos”, comentou o psicólogo.
Para muitos donos de pets, ver seus cães fazerem xixi quando eles ou visitas chegam em casa não é algo incomum. No entanto, além de esse tipo de comportamento poder ter muitas motivações diferentes, ele também pode ser controlado por meio da aplicação de uma série de técnicas variadas, acabando com a necessidade de ter que se preocupar em limpar a casa o tempo todo.
Embora esse descontrole urinário ocorra com mais frequência em cães filhotes, isso não impede que cachorros já adultos também passem por esse tipo de problema; tendo em vista que o principal fator que desencadeia esses episódios é a emoção do animal – que pode não segurar o xixi ao se assustar, ou mesmo, se empolgar demais com a chegada do seu querido dono em casa.
Em muitos casos, os proprietários mais desavisados podem punir seus pets pelo acidente, mas isso não serve de nada para controlar o animal e pode fazer com que ele fique ainda mais nervoso, repetindo o comportamento em função da ansiedade e do medo.
O importante para que o problema seja solucionado é que o dono do cão seja paciente e bem informado sobre as causas que motivam esse tipo de ação, podendo, desta forma, encontrar formas concretas de condicionar o animal a se controlar e acabar com o hábito. Para que isso seja possível, há três medidas essenciais que os donos devem tomar, descritas a seguir:
Não incentive o entusiasmo exagerado do pet
A chegada do dono em casa é um dos principais gatilhos para que o xixi fora de hora ocorra, e isso por que o animal se anima demais ao encontrar seu proprietário e receber carinhos. Para evitar os problemas, entrar em casa sem cumprimentar o cão pode ser uma boa opção para acalmá-lo, evitando a animação inicial do animal em lhe ver e deixando para enchê-lo de carinhos apenas algum tempo depois de ele já ter percebido a sua presença no ambiente.
Fale baixo e fique ao alcance
Quando for interagir com o cão, procure falar baixo e manter sua mão onde ele possa alcançá-la, evitando que ele pule demais para ficar próximo de você ou que fique muito animado (ou assustado) ao lhe ouvir falando alto demais. Isso não significa que você não deva lhe encher de amor, mas que deve evitar fazer ‘festa’ demais nesse primeiro momento, quando o xixi fora de hora costuma aparecer.
Consulte um veterinário
Esse tipo de problema é muito mais comum em cachorros filhotes (com idade até sete meses) e, quando um cão adulto continua sofrendo por este comportamento, a motivação dele pode não ser emocional, e sim física. Diferentes problemas urinários (como infecções e inflamações, por exemplo) podem causar o descontrole da bexiga do cão e, nestes casos, a solução pode estar no uso de medicamentos que acabem com o problema, e que só podem ser prescritos com segurança por um profissional veterinário.
Antes de dizer que você “não gosta daquele tipo” é preciso provar. Dê uma chance ao inesperado (nem que seja só um encontro!). Você pode se surpreender!!
Uma cara muito diferente de você
É do tipo que ama música clássica e restaurantes estrelados? Experimente um encontro com um gato que gosta de indie rock e baladas alternativas. Entrar em contato com um mundo novo pode abrir seus olhos para coisas que você nem imaginava que poderia gostar.
Um famoso
Ah, podemos sonhar, vai? Imagina que delícia desfilar pelo tapete vermelho, assistir a uma premiação cercada de celebridades, jantar em um restaurante incrível e terminar a noite dormindo (ou não) na cama do – insira o nome do homem desejado aqui. Ok, na falta de um homem nível Hollywood, ficar o cara mais disputado da faculdade ou da academia já dá um up na autoestima.
Um cara mais velho
Ele já esteve com outras mulheres (claro!) e deve conhecer alguns truques que o seu ex-só-sei-fazer-essa-posição-na-cama nem imagina que existe. Aproveita a companhia desse homem para aprender novidades na cama, na mesa, no banho…
O descolado da galera
O cara faz piada, não se importa com a opinião alheia e tem um estilo só dele para se vestir. Passar um tempo com ele pode ajudá-la a se soltar mais e se preocupar menos com o que os outros pensam.
Um gringo
Imagina que excitante ouvir o gato sussurrando sacanagens ao pé do seu ouvido em francês (italiano, inglês…) na hora do sexo? Você vai adorar de ser chamada de mademoiselle/bella/ beautiful…
Um bem-dotado
Esqueça o papo de que tamanho não é documento. Todas nós merecemos ter esse prazer algum dia. TODAS NÓS!
O louco por aventura
Jantar romântico? Cineminha a dois? Nem pensar! Esse gato é o tipo que vai levá-la a um piquenique no parque, em vez de gastar fortunas em um restaurante. E seus finais de semana serão cheio de escaladas, trekking, rafting…, Fala a verdade: às vezes tudo o que a gente precisa para deixar o stress de lado é um pouco de aventura na vida.
A autossabotadora clássica costuma agir de forma repetitiva. Você se reconhece nos itens a seguir? Hora de mudar!
Pensar demais
Tem um possível pretendente puxando conversa na pista? Não pense muito: se ele preencher pelo menos dois dos seus dez (longos) itens de check-list, beije logo. Você pode descobrir que o cara reúne outras qualidades que você nem imaginava.
Ficar vidrada no celular
Desapegue do celular nos momentos solitários e de espera: elevador, fila do café, ponto de táxi… Em vez de olhar a tela, olhe para os lados. Vai que tem um homem interessante à esquerda querendo puxar papo e você nem viu?
Fugir da paquera online Escolha um cara que você ache gatinho entre seus amigos no Facebook e dê sinais para ele notá-la: curta os posts, comente as fotos, compartilhe o que ele publica… Sem exagero para não parecer stalker – a medida é você dar o start e ir seguindo na velocidade dele: o cara curtiu uma foto sua, você está liberada para mais um comentário etc.
Ter baixa autoestima
No dia da próxima balada, leve o seu melhor: vá ao salão, faça escova, invista no make e compre um vestido que valorize seu corpo. Em paz com o espelho, você fica mais confiante e po-de-ro-sa para o jogo da conquista.
Dar tiros no pé
Evite falar sem parar do ex no date, esquecer o celular quando sabe que vai receber uma ligação e passar mal no dia da grande balada por puro nervosismo. Pratique o autocontrole e respire fundo sempre que perceber que está “surtando”.
Não pedir ajuda
Chame sua amiga pegadora para a balada e peça ajuda. Sim, no melhor estilo “Tudo que eu falar para o meu… você fala para o seu”. Às vezes, só se precisa é de uma boa dupla de pegação: ela levanta, você corta e ponto para as mulheres!
Ter dúvidas sem fundamento
Pare de criar mil histórias na cabeça e tentar imaginar o que ele vai pensar de você, se vai te ignorar… Sofrer por antecipação mina as chances de tomar a iniciativa.
Ser pessimista
Para sair do zero a zero de vez é preciso enxergar o lado bom das coisas. Coloque fé nas relações e não desista logo que aparecer a primeira dificuldade Não deu certo com o carinha hoje? Pode dar amanhã!
E no país do futebol tem muita gente que não gosta da modalidade. No universo masculino, quem faz parte desse time sofre uma certa pressão para saber jogar bola, para ter um time do coração. Os caras que não jogam bem são discriminados pelos amigos, mas nós sabemos que não é obrigação de ninguém ser um Neymar só porque somos brasileiros. Conversamos com o psicólogo Edison Caraviello, que fez algumas considerações sobre o assunto. Veja:
Masculinidade na berlinda, por que?
Você não é menos macho que o melhor jogador do time do colégio ou da empresa. Segundo Edison, “o futebol é um esporte com características próprias, porém não indica ou potencializa a masculinidade. Não podemos esquecer que existe o futebol feminino”.
Paixão Nacional
O esporte é o principal do país e por isso é considerado paixão nacional. Por força de expressão, isso inclui todos os brasileiros, mas tem muita gente que está fora desse time. Segundo pesquisa do IBGE feita pela última vez em 2008, 43% dos brasileiros não gostam de futebol. Claro que a população aumentou e esse número não é o mesmo, mas não deixa de ser significativo mesmo na época. Isso pode se explicar devido a mudanças estruturais e de comportamento no país. Antigamente era mais comum vermos inúmeros campos de futebol de várzea espalhados pela cidade. Hoje eles dão lugar a prédios residenciais e comércios. As crianças que eram acostumadas a jogar bola na rua são cada vez mais proibidas pelos país por conta da violência e então passam grande parte do tempo em casa com aparelhos eletrônicos e outro tipo de ocupação.
Sucesso com as mulheres
As mulheres não têm preconceito contra os caras que não jogam futebol. Se esse preconceito existe, é uma projeção da própria pessoa que se desqualifica por não gostar do esporte como os amigos. O que atrai o sexo oposto é um homem adaptado à sensibilidade feminina e ao respeito humano, seja ele praticante de atividades físicas ou não.
Virilidade
A virilidade está ligada ao futebol só por aqueles que o praticam, uma vez que qualquer prática esportiva permite um bom condicionamento físico do corpo e proporciona bem-estar tanto físico como emocional.
Aversão
Muita gente que faz parte do público que não gosta do futebol culpa o esporte por alienar as pessoas e condena o mau exemplo do abandono da educação escolar por muitos jogadores, que geralmente são pessoas que não tenham um grau de instrução elevado, mas recebem salários enormes. Além disso, lembram sempre o fato de que durante a história, o futebol foi usado como estratégia para desviar a atenção das pessoas e encobrir questões políticas importantes para o desenvolvimento do país.
Paixão dividida
O Brasil com seus 5 títulos da Copa do Mundo sempre foi o melhor no futebol enquanto que nos jogos olímpicos, por exemplo, são poucas as medalhas de ouro. Nos outros esportes, o Brasil não era uma potência, mas esse quadro tem mudado bastante. Hoje em dia a prática de rugby , por exemplo, é forte no país e temos bons nomes na natação e ginástica olímpica. Os grandes times da NBA têm alguns poucos jogadores brasileiros no elenco, mas os grandes astros, inspiram os times daqui e fazem inúmeros brasileiros preferirem o basquete. A NBB (Novo Basquete Brasil) a cada ano bate recorde de público nos ginásios. O próprio MMA despertou verdadeiros fanáticos pelo UFC, com seus campeões brasileiros e até as academias aumentaram de número, ou seja, a preferência pelos outros esportes é completamente compreensível.
Em um mundo que valoriza cada vez mais a individualidade, os perfis de casal no Facebook e outras redes sociais costumam chamar a atenção. Mais do que exaltar o amor, no entanto, fazer uma página a dois revela muito mais do que o par que a mantém supõe.
Em primeiro lugar, é provável que a harmonia exibida nas fotos e nas mensagens não seja tão exuberante e verdadeira fora do mundo virtual. “Pode ser uma exposição de felicidade, do tipo ‘vejam que casal lindo nós formamos’, que nem sempre é real. Se fosse, talvez não precisassem expor tanto”, diz a psicoterapeuta Carmen Cerqueira Cesar.
A psicóloga Raquel Fernandes Marques, da Clínica Anime, de São Paulo (SP), concorda: “Ter a necessidade de mostrar para os outros o quanto você está feliz com seu parceiro só serve para demonstrar insegurança e baixa autoestima”, afirma a especialista.
Provar ao mundo o quanto são unidos e apaixonados também é, na maior parte das vezes, uma tentativa de blindar a relação contra antigos relacionamentos e possíveis pretendentes –em alguns casos, até de provocar ciúmes. A intenção, explícita ou não, é saber com quem o outro conversa ou se relaciona virtualmente, um controle que não passa de ilusão.
“Muitas pessoas cultivam a fantasia de que saber com quem o parceiro se relaciona inclui a certeza de ter um relacionamento longo. Querem que o amor seja, também, o melhor amigo. E não é, definitivamente”, diz a terapeuta sexual Carla Zeglio, diretora do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade).
Ela explica que mesmo que o discurso do casal seja “um nunca deve ter segredos para o outro”, na prática, não é assim que funciona. Escolhas e necessidades são individuais, assim como determinadas informações que só dizem respeito à pessoa.
“Para mim, quando um par decide criar um perfil conjunto é porque está em crise, tentando controlar um ao outro”, fala Carla. Já Carmen sugere avaliar se existe um perigo verdadeiro, interno ou externo, para a relação, e se a criação da página é uma forma de evitá-lo.
Manter tentações como “ex” e paqueras à distância via Facebook de casal também só funciona na teoria. Se alguém quiser encontrar um amor do passado na vida real, quem pode impedir? É imaturidade achar que o perfil a dois evita uma traição. Limitar a expressão da individualidade dessa forma pode acabar provocando o efeito contrário ao desejado.
“Casais que fazem tudo juntos, inclusive seus perfis em redes sociais, são mais suscetíveis a se sentir sufocados, podem enjoar um do outro com mais facilidade e acabar o relacionamento mais cedo do que o esperado. Afinal, nem há espaço para sentir saudades. E é bem cansativo”, declara Raquel.
Regras (complicadas) de uso
Para o psicoterapeuta e sexólogo Ricardo Desidério, ainda existem outras questões a ponderar. A primeira pergunta importante é: de quem foi a ideia de manter um perfil a dois em uma rede social? Ambos concordam com ela ou um foi convencido a acatar a vontade do outro?
“Outro ponto fundamental é entender qual o objetivo do casal com isso e como esse perfil será administrado. Os acessos serão compartilhados ou somente um dos dois terá acesso? Caso seja um só, qual a necessidade de criar um Facebook de casal? Será que o casal, por mais tempo que passe junto, precisa dividir o mesmo espaço numa rede social?”, questiona Ricardo.
Nem sempre os dois podem concordar sobre o teor das postagens, e há o risco de novos conflitos surgirem a partir daí. Isso sem contar a dificuldade dos amigos escreverem ou responderem: com qual dos dois estarão falando?
Pode haver vantagens
Para Carmen Cerqueira Cesar, pode, sim, existir uma identidade virtual de casal positiva através de uma página com coisas que os dois compartilhem e curtam juntos.
“Cada casal não deixa de ser um tipo de associação. Mas não deixa de ser arriscado. Um pode não gostar do que o outro posta, implicar com o que os outros escrevem… O casal deve estar muito afinado para isso, precisa se dar muito bem”, explica. E ambos divulgar a vida a dois sem parecerem possessivos, de modo natural.
Outras vantagens são os casos específicos como, por exemplo, uma página dedicada aos preparativos do casamento, a qual somente convidados têm acesso. “Também é uma forma positiva fazer um Facebook a dois para expor fotos dos filhos e não a vida do casal”, fala Raquel.
Fotos de perfil ou de capa ao lado do parceiro são uma forma interessante de celebrar o amor sem parecer uma pessoa ciumenta ou controladora. Mesmo assim, merece uma reflexão.
“Expor um momento especial vivido pelo casal é até interessante, desde que ambos estejam de acordo com essa exposição. O importante, antes de qualquer post, é que o momento revelado na foto seja o mesmo vivenciado pelo casal em seu dia a dia. De nada adianta exibir uma imagem que não condiz com a realidade vivida por eles”, fala Ricardo Desidério.
Neste e nos próximos dois artigos da coluna “Vida a Dois” no Delas, falarei de desencontros que estão ocorrendo em muitos casamentos e causando separações que poderiam ser evitadas.
Hoje abordarei sete mudanças que vêm ocorrendo desde a década de 50 e que complicam a relação até dos mais apaixonados! No próximo artigo falarei das diferenças entre as expectativas femininas e masculinas de vida a dois e que levam a muitas brigas e mal-entendidos.
Sete mudanças que transformaram os casamentos em uma armadilha
Nossos bisavós e avós tinham menos acertos de casal a fazer e, se não eram mais felizes, estavam, em média, mais satisfeitos ou conformados. Eles contavam com quatro condições favoráveis à manutenção do casamento, que hoje desapareceram:
1. Os deveres se sobrepunham à busca da felicidade individual.
Nossos avós tinham uma lista de obrigações a cumprir com os pais, a religião, a pátria e assim por diante. Priorizar o amor e a realização pessoal era tido como um egoísmo inadmissível, sobretudo por parte da mulher. Hoje, ainda que nos disponhamos a fazer algum sacrifício pelos filhos, a meta de cada um é buscar a felicidade pessoal. Se o casamento está mal, você não se conforma, sobretudo se for mulher (70% dos pedidos de separação partem delas, os homens tendem a ir levando). Talvez você tente mudar a relação ou, o que é pior, mudar o marido! Ou desiste e quer sair do casamento.
2. Marido e mulher seguiam tradições, usos e costumes.
Nenhum dos dois tinha dúvidas sobre como agir na maior parte das ocasiões e havia menos divergências de opinião. Hoje não acreditamos mais nos usos e costumes que nos poupavam de tantas dúvidas. Não sabemos mais o que é “certo e errado”. Quem deve acordar de madrugada para trocar as fraldas do bebê, a sogra pode ter a chave de casa, a mulher pode sustentar o marido, quem leva o carro ao mecânico?
3. Não se negociava.
Se você fosse homem, seria o chefe da família e teria autoridade decisória; como mulher, você deveria obedecer. Com a igualdade de gêneros, passamos a ter um sócio com 50% dos votos para discutir e negociar todos os aspectos da vida. Não é à toa que empresas evitam montar estruturas societárias com apenas 50% do controle. No casamento atual, as divergências de opinião tendem a virar impasses. E vocês vão dormir emburrados (talvez um de bumbum para o outro).
4. O casamento dos nossos avós era quase indissolúvel.
Uma eventual separação era trágica, daí os cônjuges tinham muita disposição para fazer o casamento perdurar. Hoje, separar-se não é mais tabu. Embora desgastante, é um ajuste comum na vida. Em torno de 50% dos casamentos acabam em divórcio. Portanto, havia clareza sobre expectativas, havia regras e havia o consenso de que “as coisas são assim”. Hoje, graças ao avanço da liberdade pessoal, à igualdade de gêneros e à transparência, as tarefas entre marido e mulher redistribuíram-se de modo mais equitativo, mas novas dificuldades surgiram para ambos! Juntamos num mesmo projeto concepções de diferentes séculos e décadas, algumas incompatíveis. Queremos uma boa vida sexual, parceria e companheirismo, projetos em comum, consenso sobre como levar o dia a dia e como educar filhos, apoio, fidelidade, compreensão, parceiros felizes e bem-sucedidos. Nossas expectativas ficaram imensas. Daí por que muitos casais acabam se vendo numa bela enrascada de metas conflitantes.
5. Todo mundo está on-line, comparando alternativas.
Juliana já viu homens mais sexy que André, que tem caspa e não gosta de escovar os dentes. Pedro conheceu mulheres mais meigas que a ríspida Silvana, sua esposa executiva. Você e seu parceiro foram expostos, antes e ao longo do casamento, a experiências de namoro e na mídia viram modelos de beleza, prazer, sexo, supervitalidade e alta performance. Por isso, tenderão a avaliar seu parceiro (e eventualmente a si mesmos) com rigor e a compará-los com parceiros anteriores ou com modelos de supercompetência e superfelicidade que todos os dias a mídia e os amigos do Facebook lhes esfregam na cara. Ainda não aprendemos a viver com tantas opções.
6. Hoje somos muito mais produtivos, acelerados e estressados.
O tesão de Juliana murcha sob o peso das obrigações domésticas e profissionais. Seu marido, André, não entende a falta de interesse sexual dela. No casamento, multiplicam-se tarefas: criar filhos, planejar férias, constituir patrimônio, manter-se em forma, comprar alimentos orgânicos, cultivar a vida social, buscar sucesso profissional, fazer seguro de vida, de saúde, de roubo, de viagem, check-ups. O estresse que cada um pensa ser uma “incapacidade pessoal sua de ser feliz” é, em parte, fruto dessa epidemia de pressa e sobrecarga que afeta a maioria. Somos mais produtivos, mas continuamos trabalhando muito. Somos mais livres, mas temos mais estresse, depressão e ansiedade. Ainda não sabemos lidar com a nova condição que conquistamos.
7. Os ciclos de carreira, filhos e separação dos homens e mulheres estão defasados.
Em primeiro lugar casamos mais tarde. Mulheres se casam entre 28 e 32 anos, acuadas entre ambições profissionais, o desejo de aproveitar a solteirice e a pressão do relógio biológico. Os homens, por motivos análogos, casam-se entre 30 e 35 anos. Em segundo lugar os ciclos profissionais não coincidem. Elas têm filhos quando teriam de investir na carreira, enquanto isto eles investem na carreira e mal aproveitam a vida a dois. Depois, após os 50, eles querem começar a curtir a vida, quando elas gostariam de finalmente investir na carreira e em si mesmas. E para o homem separar-se entre 50 e 60 pode ser favorável, mas para a mulher muitas vezes seria melhor poder fazê-lo entre os 30 e os 40. Nossos avós não tinham estas questões. Casavam mais cedo, sobretudo as mulheres. Eles trabalhavam e elas eram “do lar”, nada de problemas com carreira, filhos ou com curtir a vida a dois. Aos 50, a potência e o desejo sexual muitas vezes minguavam de vez. Aos 55 ou 60 anos, seu avô se aposentava e entre 65 e 70 ele morria. Sua avó tinha então cerca de 60 e não mais casava. Hoje os cinquentões e cinquentonas viverão até mais de 80 anos e ainda podem ter novos ciclos de carreira, paixão e até fundar novas famílias.
Em resumo, sete mudanças que parecem tão boas (queremos ser felizes, temos direitos iguais, podemos negociar, podemos nos separar, temos redes sociais, somos mais produtivos e casamos maduros), complicaram o modelo de casamento. É preciso mudar o modo como casamos, nossas expectativas e as formas de encarar a relação.
Para muitos, namoro é sinônimo de aprisionamento, brigas, de perda da individualidade. Porém, em uma relação madura, namorar passa mesmo a ser algo natural e muito bem-vindo que só aumenta a vida amorosa do casal, sem brigas, faz o relacionamento durar e não terminar.
“Sentir-se comprometido é o que denota a estabilidade de uma relação”, afirma Ailton Amélio, mestre e doutor em psicologia e professor de Relacionamento Amoroso dos cursos de graduação e pós-graduação do Instituto de Psicologia da USP. Para Ailton, o vínculo está longe de ser uma amarra na vida da pessoa quando esta tem ao seu lado um parceiro que “dá apoio, é compreensivo, assume o ponto de vista do outro e é aliado incondicional”.
Namoro em Equilíbrio entre paixão, Intimidade e Compromisso
Segundo o professor de psicologia Robert Sternberg, da Universidade de Yale (EUA), um namoro em equilibrio entre paixão, intimidade e compromissoesse é um dos maiores desafios do relacionamento amoroso. A falta disso é sinõnimo de muita paixão, muita intimidade e pouco compromisso desembocam numa relação romântica e amistosa, na qual o casamento é sempre adiado; ao contrário, muito compromisso, pouca intimidade e pouca paixão não propiciam satisfação – são os casamentos por interesse ou um casamento em que o amor morreu, mas existem outras razões para continuarem juntos; muita paixão, pouca intimidade e pouco compromisso não garantem um relacionamento duradouro – são os amores por pessoas que se conhecem pouco e que, facilmente, podem se transformar em obsessão.
Conversar sempre com Namorado
A conversa com o namorado é um dos pilares fundamentais de uma relação saudável. É assim que as brigas e desentendimentos que afetam o casal são compreendidos, validados e compartilhados. Existem estudiosos que colocam a comunicação como um instinto tão vital quanto o da sobrevivência. O fato é que ela influencia fortemente a criação da intimidade e no amor com o parceiro. “Vários mecanismos de apego são disparados quando percebemos, por meio da comunicação, que o outro nos aceita e nos acha importantes”, explica Dr. Ailton. Conversas significativas apóiam, validam o parceiro, ampliam as informações e permitem momentos de auto-revelação. “Compartilhar com o parceiro o que se passa com você intimamente – suas motivações, projetos e preocupações – e em atividades onde ele não estava presente reaviva de forma prazerosa o relacionamento”, aconselha o psicólogo.
Como confiar no Namorado
Confiar no namorado e no namoro é requisito para quase todos os tipos de relacionamento (profissional, amoroso ou em amizades). Ter alguém confiável na vida é uma espécie de seguro: mesmo que não o usemos, saber que ele existe nos dá tranqüilidade e nos faz sentir bem. Para manter a confiança, vale tomar certas precauções, como evitar ativamente pessoas e situações que possam ameaçar o comprometimento com o parceiro (ficar a sós com pessoas pelas quais existe uma certa atração física, por exemplo).
Ser Companheiro
Mostre que seu namorado pode recorrer a você sempre que precisar: ligue, pergunte, se interesse por coisas que estão ocorrendo com ele. “Uma das principais formas de criar a sensação de compromisso com outra pessoa é incluí-la nos planos: onde passar o fim de ano, as férias, como construir uma casa ou simplesmente programar o final de semana. Isso habilita ao outra a fazer sacrifícios no presente em prol da relação no futuro. Obviamente, não basta falar. Tem de incluir ações, senão as promessas perdem a credibilidade”, orienta Dr. Ailton.
Sexo no Namoro
O sexo no namoro é um dos pontos essenciais da parceria amorosa e a satisfação nesse setor afeta todas as áreas do relacionamento. “Ainda hoje, na hora de escolher o parceiro, muita gente não dá a devida importância para o fato, confiando que a vida sexual vá se desenvolver posteriormente – o que é uma loteria, pois você corre o risco de se casar com uma esperança sexual que jamais se concretize”, afirma Dr. Ailton.
Como acredita o psicólogo, decisivo para uma boa relação sexual não é o aprendizado de técnicas, mas o vínculo emocional: “a consideração entre os parceiros, o quanto eles se gostam, quanto respeitam seus ritmos, preenchem o ideal de parceiro um do outro e se entregam ao ato… Enfim, em vez de sexo centrado em sexo, o que funciona é o sexo centrado na pessoa”, conclui.
Se você nunca reparou, comece a notar: muitas mulheres, ao se envolverem com um homem que vai logo avisando que não quer nada sério e que não está pronto para assumir compromisso, tornam-se obcecadas pela ideia de que vão mudar esse sujeito!
Como se passasse a ser sua missão de vida, essas mulheres encontram todas as justificativas do mundo para confirmarem sua intuição: a de que ele gosta, sim, delas, e a de que vai, sim, assumir compromisso com elas. Afinal, toda vez que se encontram – mesmo que seja a cada quinze dias – ele é extremamente carinhoso e atencioso. Acontece que, ainda assim, quando questionado sobre quais são suas reais intenções, ele volta a ser claro e objetivo: “não quero assumir compromisso agora”.
Na verdade, o que ele está dizendo é exatamente isso! Ou talvez, possamos traduzir como algo do tipo “não quero assumir compromisso com você. Você é ótima companhia, linda e tal, mas não mexe comigo o suficiente para te assumir como namorada ou algo mais”.
No entanto, como raros são os que chegariam à tamanha clareza, elas continuam preferindo acreditar que, com mais um pouco de paciência e persistência, eles vão mudar! E assim, passam-se meses e até anos até que um belo dia elas se dão conta do tempo que perderam, inutilmente. E do quanto se sentem usadas, cansadas e com a autoestima bastante machucada.
Claro que existem exceções, e que é até possível que alguns venham a se interessar de fato, mesmo depois de terem dito que não queriam nada sério. No entanto, não é o que acontece em geral. Os homens costumam ser muito sinceros quando questionados sobre o que pretendem, mesmo que as atitudes deles pareçam contrárias. Portanto, mais do que considerar o que eles fazem eventualmente, comece a acreditar mais no que eles dizem porque, no final das contas, o que sobra é exatamente isso!
E, sendo assim, questione a si mesma sobre o que você quer! Pare de se ocupar tanto tentando descobrir como fazer esse homem pensar ou sentir diferente e concentre-se em você. Esta relação te faz mais feliz ou mais triste? Faz com que você se sinta melhor ou pior? Satisfaz? É o que você deseja para sua vida neste momento? Enfim, de acordo com as suas respostas, fique ou saia desta confusão de uma vez por todas!
Mas pare de acreditar que você é a mulher maravilha e que vai transformar um garanhão Don Juan em príncipe encantado. Tudo isso é uma enorme perda de energia, amor próprio e respeito por si mesma! Se esse homem não está em sintonia com você, vá cuidar da sua vida e saiba que, se tiver de ser, será, mais cedo ou mais tarde. Mas os dois quererão viver a mesma história!